sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Imunoterapia contra câncer é destaque do ano



O uso da imunoterapia contra o câncer foi escolhido como o maior avanço científico do ano pela revista "Science", da Associação Americana para o Avanço da Ciência (Aaas). A estratégia, que consiste em fazer com que o sistema imunológico dos pacientes reconheça e ataque células tumorais, deu provas concretas de que pode funcionar e tem potencial para revolucionar a Oncologia, de acordo com a publicação.

O tema é pesquisado desde a década de 1980, com altos e baixos - incluindo várias decepções. Em 2013, porém, resultados preliminares de um grande ensaio clínico conduzido pela Bristol-Myers Squibb, com mais de 1,8 mil pacientes com melanoma (câncer de pele), deram uma nova injeção de ânimo no campo.

De acordo com o anúncio, 22% dos pacientes tratados com uma droga imunoterápica desenvolvida pela empresa continuavam vivos após três anos de terapia, com resultados clínicos promissores. Os dados foram anunciados no Congresso Europeu de Câncer, em setembro.

"O que mais mudou neste ano foi que os clínicos passaram a aceitar que a imunoterapia pode funcionar. Foi mais uma mudança de visão do que racional", disse o pesquisador José Alexandre Barbuto, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). "Há muito tempo os imunologistas já dizem que sim, mas os clínicos sempre diziam que não."

Em vez de atacar o tumor diretamente, a estratégia da imunoterapia é induzir o sistema imunológico do paciente a reconhecer células cancerígenas como uma ameaça e atacá-las - como costuma fazer com bactérias e outros seres estranhos ao organismo. Para isso, é preciso destravar um "freio" natural das células imunológicas moduladoras (células T), que as impede de atacar o tumor - que é feito de células do próprio organismo.

"O problema é que o freio não é específico para o câncer; é para tudo, por isso os efeitos colaterais da terapia são muito fortes", afirma Barbuto. Ainda assim, os resultados acumulados de várias pesquisas mostram que "quando o sistema imune é engajado na briga, ele dá conta". O desafio agora, conclui, é aprimorar a modulação do sistema, para tornar a resposta mais específica. Outros destaques do ano incluem uma nova técnica de edição de DNA e a descoberta da origem de raios cósmicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O GAPC deseja Boas Festas!


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Tatuagem 3D auxilia na restauração da mama em pacientes com câncer

Mulheres que fizeram cirurgia nos seios depois do câncer têm atualmente uma novidade incorporada no resgate da autoconfiança: a tatuagem tridimensional da aréola e do mamilo que, de tão legítima, chega a iludir os mais desatentos.

O procedimento incide em realizar uma fotografia da aréola, com uma junção de cores para que a reprodução permaneça conforme a tonalidade da pele.

Uma alternativa de luz e sombra indica a miragem da experiência dos mamilos e dos tubérculos de Montgomery.

Para o tatuador Sérgio Maciel é comovente poder auxiliar essas mulheres a readquirir a feminilidade e orgulho. Ele diz que quando finaliza um trabalho, em geral as mulheres choram diante do espelho, emocionadas, ele revela inclusive que já chorou bastante.

Para Maciel cada mulher tem uma cor de aréola, que pode chegar para o rosado, para o café com leite ou o marrom mais claro. A arte-final está em advir a nuance apropriada, unindo tonalidades.

Em todos os outros locais que promovem este serviço, sempre encontrará uma cena emocionante de uma mulher que venceu a batalha contra o câncer de mama. E de olho no nicho de mercado, vários estúdios da capital paulista estão se especializando devido à alta demanda de clientes que passaram por este drama pessoal.

A fisioterapeuta Tarsila Sakamoto, que se individualizou em tatuar aréolas, falou que inúmeras mulheres com as mamas recauchutadas só retornam a expor os seios para os companheiros depois do procedimento, muitas se escondem atrás de vestimentas.

De acordo com outro tatuador Paulo Sérgio Affonso, a tatuagem restauradora progrediu muito nos derradeiros tempos, com uma gama de diversidade de pigmentos e agulhas. Porém, segundo ele, mais importante é a experiência do tatuador.

Várias mulheres vão aos estúdios conduzidos pelos próprios médicos. O custo da tatuagem varia da dificuldade do serviço. Pode chegar de R$ 200 até R$ 1000.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

OMS alerta para aumento de casos de câncer no mundo

O número de novos casos de câncer no mundo aumentou em 2012 para 14,1 milhões, com 8,2 milhões de mortes, cifras que subiram 11% e 8,4%, respectivamente, desde 2008, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas nesta quinta-feira.

Há quatro anos, a OMS tinha calculado em 12,7 milhões os novos casos e em 7,6 milhões os óbitos.

Essas cifras foram apresentadas pelo Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIRC, em francês), uma agência especializada da OMS com sede em Lyon, leste da França, e dispõe de dados sobre 28 tipos de câncer em 184 países.

Os tipos de câncer diagnosticados com mais frequência são os de pulmão (1,8 milhão, 13% do total), de mama (1,7 milhão, 11,9% do total) e de cólon (1,4 milhão, 9,7% do total).

O câncer de pulmão é o que causa mais mortes (1,6 milhão, 19,4% do total), seguido do de fígado (800.000, 9,1% do total) e de estômago (700.000, 8,8% do total).

Segundo a OMS, o número de casos de câncer de mama aumentou 20% desde 2008 e a mortalidade relacionada a esse tipo de câncer cresceu 14%. Além disso, o câncer de mama representa 25% dos casos de câncer diagnosticados às mulheres.

No total, anualmente são diagnosticados 1,7 milhão de casos de câncer nas mulheres.

Em 2012, 6,3 milhões de mulheres viviam com câncer de mama diagnosticado nos cinco anos anteriores.

O de mama é a causa mais frequente de morte pela doença entre as mulheres (522.000 mortes) e o tipo diagnosticado com mais frequência nas mulheres de 140 países dos 184 estudados.

Também é uma das principais causas de morte por câncer nos países menos desenvolvidos. A OMS pediu o desenvolvimento de "enfoques eficazes e acessíveis para a detecção precoce, o diagnóstico e o tratamento" do câncer de mama entre as mulheres que vivem nessas regiões, afirmou o doutor Christopher Wild, diretor do CIRC.

As projeções feitas com base nesses dados antecipam um aumento considerável de 19,3 milhões de novos casos de câncer por ano até 2025 devido ao crescimento demográfico e ao envelhecimento da população mundial.

Mais da metade de todos os casos de câncer (56,8%) e das mortes por câncer (64,9%) em 2012 foram registradas nas regiões menos desenvolvidas do mundo, e esses índices vão aumentar até 2025.


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Nova droga pode reduzir em mais da metade risco de câncer de mama

Um estudo britânico com 4 mil mulheres mostrou que o uso da droga anastrozol pode reduzir em mais da metade a probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama em pacientes de alto risco.



O estudo da Universidade Queen Mary, de Londres, foi publicado na revista Lancet. Além de mais barato, o anastrozol se mostrou mais eficaz e apresentou menos efeitos colaterais que os medicamentos habituais.

O estudo dividiu as mulheres em dois grupos, ambos com pacientes consideradas de alto risco (por possuírem histórico de câncer na família).

No primeiro grupo, no qual as mulheres não receberam o anastrozol, 85 dentre 2 mil mulheres desenvolveram câncer de mama. Já no segundo grupo, que recebeu o medicamento, apenas 40 entre 20 mil mulheres tiveram câncer. Não houve registro de efeitos colaterais.

O estudo mostrou que o anastrozol impede a produção do hormônio estrógeno, substância que tende a impulsionar o crescimento da maioria dos cânceres de mama.

O chefe da pesquisa, professor Jack Cuzick, comemorou a descoberta, lembrando que "o câncer de mama é de longe o mais comum entre as mulheres e agora temos chances de reduzir os casos".

"Esse tipo de droga é mais efetiva que as habituais como o tamoxifeno e, o que é crucial, tem menos efeitos colaterais".


Pós-menopausa

O estudo também concluiu que o anastrozol apenas não consegue impedir a produção de estrógeno nos ovários, o que o faz efetivo apenas se ministrado a mulheres que já passaram pela menopausa.

Nesse caso, o medicamento mais indicado seria o tamoxifeno, cujo custo é igualmente baixo, por causa da patente já vencida.

Alguns países já disponibilizam o tamoxifeno, além do raloxifeno, como medicamento preventivo. Ambas igualmente bloqueiam a produção de estrógeno. No caso do tamoxifeno, antes e depois da menopausa. O ponto negativo é que ambos também aumentam o risco de câncer de útero e trombose venosa profunda.





Rede pública

Médicos e ativistas já começaram a pedir que o medicamento esteja disponível na rede pública de saúde da Grã-Bretanha. Alguns chegam a sugerir que o remédio seja oferecido a mulheres saudáveis.

Em 2013, o Instituto Nacional de Saúde e Tratamento de Excelência da Inglaterra e do País de Gales recomendou o uso de tamoxifeno a mulheres de alto risco e com mais de 35 anos.

Considerando que a recomendação poder ser extendida ao anastrozol, isso significa que até 240 mil mulheres possam ser beneficiadas na Grã-Bretanha, segundo a ONG Cancer Research UK.

Para a professora Montserrat Garcia-Closas, do Institute of Cancer Research de Londres, que conduziu o maior estudo sobre câncer de mama, "esta é uma descoberta muito significativa e muito importante".

"A questão agora é se a droga vai reduzir a mortalidade e se vai requerer mais estudos. Mas isso já traz importantes evidências de que a dorga pode ser uma alternativa ao tamoxifeno", disse.

Fonte


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Exercício físico previne câncer de mama em mulheres na menopausa

O exercício físico não é só bom para emagrecer ou turbinar os músculos do corpo, ele também é um ótimo aliado para prevenir o câncer de mama. Um estudo publicado pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer mostrou que mulheres na menopausa que se exercitavam regularmente tiveram o risco de ter a doença reduzido em 25 %. Aquelas que fizeram atividades mais leves, como ao menos sete horas de caminhadas por semana, reduziram o risco em 14%.

O estudo americano, que contou com a participação de 73.615 mulheres na fase da pós-menopausa, provou que atividades simples e regulares reduzem o risco de câncer de mama. "Ficamos satisfeitos ao descobrir que, sem qualquer outra atividade de lazer, apenas andando uma média de uma hora por dia elas tiveram menor risco de câncer de mama", disse Alpa Patel, epidemiologista sênior Associação Americana para Pesquisa do Câncer, em Atlanta, nos EUA.

Porém, especialista brasileiro alerta: é preciso manter a regularidade de exercícios e escolher aqueles que queimem 350 calorias/hora por dia. “Isto inclui uma sessão de pilates, uma hora de musculação, trinta minutos de corrida ou ainda uma hora de caminhada modera ou avançada. O importante é a regularidade. A grande sacada deste estudo está no fato de o exercício prevenir o câncer, mas de forma constante e regular. Então, nada de fazer tudo em um dia só da semana”, disse o médico do esporte Benjamin Apter.

O risco de câncer de mama é minimizado com o exercício físico, pois ele, ao incentivar a circulação sanguínea, regula substâncias químicas e hormônios como o estrógeno e a progesterona no organismo. Além disso, ele também previne o envelhecimento precoce das células. “A atividade física regular inibe o desequilíbrio hormonal, um importante fator de prevenção do câncer de mama. Outra questão importante está na prevenção do envelhecimento precoce. Com ele, as células podem morrer ou se transformar em algo que chamamos de atipia, que forma tumores”, disse Apter.

Apter lembra que é preciso ter exercício físico bem orientado, principalmente para as mulheres sedentárias, que não praticam exercício físico há um tempo. “A notícia é boa, mas é preciso tomar cuidado para não se machucar ou correr os riscos do excesso de treino”, disse.

O médico explica que, para quem não faz exercício físico nenhum, é preciso tomar cuidados e seguir etapas. “Primeiro é preciso fortalecimento muscular, depois trabalhar o alongamento e exercícios funcionais e só depois partir para os aeróbicos". Isso leva de três a seis meses, dependendo da pessoa. "Só depois é que dá para ela praticar o esporte que mais gosta, mantendo a musculação duas vezes por semana para evitar lesões”, disse.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Projeto divertido faz pacientes com câncer esquecerem seus problemas por um minuto

E se você pudesse esquecer, mesmo que por apenas um segundo, todos os seus problemas?

Se pudesse, numa lógica de criança, fechar os olhos e esperar que ao abrir tudo se resolvesse, os monstros tivessem ido embora, o medo desaparecido ou uma malcriação nunca tivesse existido.

Inspirada por esta frase de uma paciente com câncer, surgiu o projeto “If only for a second” da Mimi Foundation, uma instituição belga de caridade.

Eles pegaram 20 pessoas com câncer e levaram para um estúdio com a promessa de fazer um make up. Em troca, essas pesoas se comprometiam a ficar de olhos fechados até o processo acabar para não estragar a surpresa.

O make up, como eles vriam a descobrir depois, era, digamos, extravagante. Extravagante o suficiente para arrancar um sorriso e fazer, nem que por um único instante, estas 20 pessoas se esquecerem da terrível doença.

O instante da descoberta, deste primero olhar para o espelho, foi registardo pelo fotógrafo Vincent Dixon e acabou virando uma exposição e um livro. O video que divulga a ação tem 3.43”. E vale cada segundo.

A criação é da Leo Burnett da França.



Confira o vídeo:



Fonte

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Novo tratamento contra a leucemia conseguiu eliminar a doença

Terapia genética que altera leucócitos do paciente para que combatam o câncer foi testada em mais de 120 pessoas. Em um estudo, todos os cinco adultos e 19 das 22 crianças tiveram remissão completa da doença.
 
Médicos relataram neste sábado, em uma conferência da Sociedade Americana de Hematologia, em Nova Orleans, um tratamento considerado grande avanço contra a leucemía e outros tipos de câncer no sangue: uma terapia genética que já foi testada com sucesso em mais de 120 pacientes com vários tipos de leucemia, linfoma e outros tipos de câncer.

O tratamento remove leucócitos (células brancas de sangue) do paciente, os altera em laboratório para que contenham um gene que ataca a doença, e depois as reinjetando no paciente.

Em um estudo, todos os cinco adultos e 19 das 22 crianças com um tipo de leucemia tiveram remissão completa da doença, o que significa que o câncer não foi mais encontrado em seus organismos depois do tratamento.
 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Protetor solar previne câncer, manchas e envelhecimento

Quem está contando os dias para pegar a praia neste verão deve seguir uma série de orientações de especialistas em dermatologia e medicina estética quanto ao uso correto do protetor solar.


De acordo com eles, esse tipo de precaução previne não só o câncer de pele, forma de maior incidência da doença no país, mas também problemas como o aparecimento de manchas e o envelhecimento da pele.

O primeiro passo é a escolha do produto adequado para seu tipo de pele. Quanto a isso, o chamado fator de proteção solar (número exposto na embalagem do bloqueador) não é o aspecto mais importante.

"São analisados pontos como o tempo de exposição solar, se a pessoa tem ou não antecedente familiar de doença de pele ou ela mesma possui manchas na pele", explica Ana Paula Jordão Visioli, dermatologista da clínica Vivid e especialista em medicina estética.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Participe da nossa Campanha de Natal!


Alimentação, atividade física e controle do peso são fundamentais para prevenir o câncer

Somente em 2014, o Brasil deve ter 576 mil novos casos de câncer, de acordo com estimativa apresentada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e pelo Ministério da Saúde nesta semana. Segundo especialistas na área, a fórmula ideal para combater o aparecimento dessa temida doença é baseada em três receitas: alimentação saudável, prática de atividade física e controle de peso.
— Isso é uma questão de estilo de vida. Precisamos praticar mais atividades físicas, usar menos o carro, caminhar mais, pegar mais sol, ter uma alimentação com alimentos naturais, como frutas e verduras e menos comidas industrializadas entre outros fatores — reflete o médico do Centro de Prevenção do Câncer da Clinionco, Rafael Castilho.
Segundo ele, o envelhecimento de um maior número de pessoas ao longo dos anos deve aumentar a incidência de câncer, principalmente de mama, próstata e intestino, por isso, a atenção deve começar desde muito cedo, na própria infância.
— O foco está nos hábitos dos pais, que vão ser passados ou aprendidos pelas crianças. Se tivermos pais que comem mal, são sedentários ou obesos, isso possivelmente vai refletir nos hábitos de vida das crianças. Outro fator é o tabagismo: é muito comum adolescentes começarem a fumar usando como exemplo, os pais — comenta.
O tabaco é um dos fatores de risco mais predominantes para incidência do câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos.
Sedentarismo é um alerta
O sedentarismo já é considerado entre alguns pesquisadores como pandemia mundial: a inatividade física é o quarto maior fator de risco para doenças crônicas. E o problema está atingindo cada vez mais os jovens. Segundo o IBGE, apenas três em cada dez adolescentes brasileiros são considerados ativos, ou seja, que praticam 300 minutos ou mais de exercício por semana.
— A questão do sedentarismo é muito importante em expectativa de vida para qualquer tipo de doença, não só o câncer, mas para doença cardiovascular ou mesmo para doenças neurológicas. E a atividade física leve na terceira idade é uma das coisas que têm mais impacto na qualidade de vida do indivíduo. Nunca é tarde para mudar — lembra o médico.
Mantenha em dia os exames preventivos
Além da vida saudável, existem alguns exames que podem auxiliar na prevenção e na detecção de lesões pré-malignas. O médico Rafael Castilho explica alguns:
Cólon do útero: não é um câncer tão comum porque a prevenção já se estabeleceu há muito tempo, reduzindo em até 70% os índices com os exames preventivos de HPV, doença que provoca esse tipo.
Intestino: colonoscopia é um exame que detecta lesões pré-malignas. Os países que fazem campanhas de prevenção conseguem até 60% de redução dos casos de câncer de intestino.
Mama e próstata: não existem exames de prevenção e sim, de detecção precoce, como a mamografia e o exame de toque. Não conseguimos achar as lesões antes dos tumores, mas quando encontramos cedo o indício das neoplasias, isso tem um impacto muito grande no tratamento da doença.
Pele: as pessoas de pele mais clara ou mais exposta ao sol, devem fazer o exame com o dermatologista como a dermatoscopia digital, que ajuda na detecção e na prevenção de lesões.
Fígado: se diminuirmos os índices de hepatite B e C e aumentarmos o uso da camisinha, vamos diminuir o risco de câncer desse órgão, que é um tipo de tumor de diagnóstico precoce difícil.
Pulmão: para fumantes, consultas preventivas a partir dos 40 anos, mas o que há mais impacto na prevenção é, claro, parar de fumar.
Conheça as características dos principais fatores de risco que podemos prevenir:
Alimentação: em algumas literaturas, estima-se que, entre as causas que envolvem o surgimento de neoplasias, 20% delas podem ser explicadas através da alimentação
Obesidade: presente em 15% da população brasileira, ela pode estar relacionada a 26 doenças. Estudos indicam que os tumores do sistema digestivo, de mama, cólon e de próstata, estão relacionados à dieta do excesso de peso, além de problemas cardiovasculares e outros
Sedentarismo: a previsão é que até 2030, a inatividade física possa abreviar em até cinco anos a expectativa de vida, caso seja mantido o ritmo atual. Entre as mulheres, o risco ainda é maior: segundo o Inca, um estudo divulgado pela revista médica Lancet afirma que 13,4% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres sedentárias
Tabagismo: todo ano cinco milhões de pessoas morrem no mundo por causa do cigarro. Não só o fumo ativo, mas o passivo também aumenta os riscos de doença. E a nicotina participa indiretamente com mais de 70 substâncias cancerígenas existentes na fumaça do cigarro
Genética: entre 10% a 15% dos casos há uma predisposição genética como fator mais importante. É preciso relevá-lo quando há na família, pessoas com tumores abaixo dos 50 anos ou quando há o mesmo caso pelo menos duas pessoas familiares, principalmente antes dos 50


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Colesterol 'alimenta' câncer de mama, diz estudo


A pesquisa sugere que o uso de medicamentos que diminuem o nível de colesterol – as chamadas estatinas – pode prevenir tumores.

O trabalho, que foi publicado na revista científica Science, ajuda a explicar por que a obesidade é um dos principais fatores de risco da doença.

No entanto, organizações que trabalham na conscientização e combate ao câncer de mama alertaram que ainda é muito cedo para recomendar o uso de estatinas na prevenção de tumores.


Hormônios

A obesidade já é considerada um fator de risco em diversos outros tipos de câncer, como mama, intestino e útero.

A gordura em pessoas acima do peso faz com que o corpo produza mais hormônios como o estrogênio, que pode facilitar a disseminação de tumores.

O colesterol é "quebrado" pelo corpo em um subproduto chamado 27HC, que tem o mesmo efeito do estrogênio. Pesquisas feitas com camundongos por cientistas do Duke University Medical Centre, nos Estados Unidos, demonstraram que dietas ricas em colesterol e gordura aumentaram os níveis de 27HC no sangue, provocando tumores que eram 30% maiores, se comparados a animais que estavam com uma alimentação regular.

Nos camundongos com dieta rica em gordura, os tumores também se espalharam com maior frequência. Testes feitos com tecidos humanos contaminados com câncer de mama também cresceram mais rapidamente quando injetados com 27HC.

"Vários estudos mostraram uma conexão entre obesidade e câncer de mama, e mais especificamente que o elevado colesterol está associado ao risco de câncer de mama, mas nenhum mecanismo foi identificado", afirma o pesquisador Donald McDonnell, que liderou o estudo.

"O que achamos agora é uma molécula, não o próprio colesterol, mas um subproduto abundante do colesterol, chamado 27HC, que imita o hormônio estrogênio e consegue de forma independente provocar o crescimento do câncer de mama."


Mais pesquisa

As estatinas já são usadas hoje em dia por milhões de pessoas para combater doenças cardíacas. Agora há estudos sugerindo que elas podem ajudar na prevenção ou combate ao câncer.

Mas entidades que lidam com saúde feminina não recomendam que as mulheres passem a tomar estatina por esse motivo.

"Até agora pesquisas que relacionam níveis de colesterol, uso de estatina e risco de câncer de mama ainda são inconclusivas", diz Hannah Bridges, porta-voz da Breakthrough Breast Cancer, entidade britânica de combate ao câncer de mama.

"Os resultados deste estudo inicial são promissores e se confirmados através de mais pesquisas podem aumentar nossa compreensão sobre o que faz com que alguns tipos de câncer de mama se desenvolvam."

Emma Smith, porta-voz de outra instituição, a Cancer Research UK, também afirma que ainda é "cedo demais" para que as mulheres passem a tomar estatina.

As duas entidades dizem que o colesterol pode ser combatido por meios alternativos ao uso de estatina. Uma forma é através de uma dieta mais saudável e de exercícios regulares.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Brócolis contra o câncer

O brócolis contém grandes quantidades de glicosinolatos e inúmeros estudos têm relacionado o consumo de crucíferos com a quimioprevenção do câncer, principalmente devido aos isotiocianatos advindos da hidrólise dos glicosinolatos. Um dos glicosinolatos mais evidentes no brócolis é o sulforafano que apresenta efeitos bloqueadores e supressores. A função bloqueadora consiste na inibição de enzimas de fase 1 que convertem os pró carcinógenos em carcinógenos e, promovem a indução das enzimas de fase 2 que auxiliam na excreção desses carcinógenos.

O efeito supressor induz a apoptose das células cancerígenas e inibe o seu crescimento e proliferação. Além disso, o sulforafano demonstrou suprimir a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e a metástase. De acordo com os estudos a sua administração oral inibe o crescimento do câncer de próstata e pancreático. Outro estudo demonstrou uma relação inversa entre o consumo de brócolis e o risco de câncer de mama e mulheres pré menopausa. Pesquisas apontam ainda a sua capacidade de inibir a síntese de proteínas responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento celular.

Outro componente presente nos crucíferos é o indol-3-carbinol responsável pela inbição da 16-alfa-hidroxi-estrona, um tipo de estrógeno que causa danos ao DNA e inibe a morte celular, provocando a proliferação das células tumorais e de uma possível metástase. Esse estrógeno está relacionado com os cânceres de mama, próstata e ovários.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Olhos também podem ser alvos de câncer

Quando se fala na saúde dos olhos, é comum que as pessoas conheçam algumas doenças que acometem o órgão, como miopia, astigmatismo, catarata, glaucoma, entre outras. Mas o que muita gente não sabe é que o olho também pode ser acometido por câncer.



O Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado no próximo dia 27, é um alerta para que a população passe por consultas regulares e assim, caso um tumor maligno seja diagnosticado precocemente, o paciente tenha mais chances de cura.

De acordo com o oftalmologista da Clínica Unilaser, em Santos, e professor de Residência Médica em Oftalmologia do Hospital Ana Costa, Dr. Fabiano Bojikian Ciola, o tumor maligno mais comum entre os adultos é o melanoma de coróide, cuja incidência geral é de 5 a 7,5 para cada 1 milhão de pessoas por ano em países do ocidente.

"A coróide é uma camada pigmentada e vascularizada, situada no fundo do olho entre a esclera e a retina. Por normalmente não apresentar sintomas, o diagnóstico costuma ser feito em exames de fundo de olho, nas consultas de rotina. Quando há sinais da doença, o paciente apresenta queda de visão, presença de pontos luminosos ou perda de campo visual", alerta o especialista.

O tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor e outros fatores, como idade do paciente, saúde no geral, localização da lesão e visão do olho afetado. "Em pequenas e médias lesões, a opção mais utilizada é a braquiterapia ocular (radiação direta no tumor) de forma isolada ou em conjunto com a laserterapia. A enucleação, que é a retirada do globo ocular, é restrita aos casos mais graves quando há invasão do nervo óptico e perda irreversível da visão útil", observa Ciola.

Este tipo de câncer é considerado invasivo, já que apresenta grandes chances de produzir metástase e levar à morte. Sua causa ainda é desconhecida, mas existem evidências de que pessoas de etnia branca, idade avançada e quantidade de nevos (pintas, manchas) na coroide estão mais propensas a desenvolver esse tipo de tumor.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Câncer de pescoço e cabeça, também é importante se informar

O câncer de pescoço e cabeça é um câncer menos conhecido e de menor incidência do que outros tipos como o de mama, próstata, boca, etc. Porém ele é tão perigoso quanto os outros e é um tipo de neoplasia em que os sintomas e informações são menos conhecidos pela população.

Os sintomas típicos dos tumores de cabeça e pescoço são, principalmente, o surgimento de nódulos, feridas que não cicatrizam, dor de garganta que nunca sara, dificuldade para engolir e alteração ou rouquidão na voz.

O câncer de cabeça e pescoço possui alguns principais fatores de risco, que se evitados, podem ajudar a prevenir o câncer. Os principais são o consumo de álcool e o tabaco, que representam 75% dos casos. Estes fatores são importantes, especialmente para os cânceres da cavidade oral, orofaringe, e laringe. A parte da população que consome tabaco e álcool juntos tem maior risco de desenvolver esses tipos de câncer do que as pessoas que são apenas alcoólatras ou só tabagistas.

Outra questão importante é a infecção com o vírus do papiloma humano (HPV), que também é um fator de risco para alguns tipos de cânceres de cabeça e pescoço, como o câncer de orofaringe, que envolve as amígdalas ou a base da língua. Nessa questão, é preciso que haja uma prevenção rotineira, primeiramente para não contrair esse vírus.

A reabilitação e acompanhamento regular são partes importantes do tratamento para pacientes com câncer de cabeça e pescoço, por isso, visite sempre seu médico, faça check-ups anuais de todo o corpo. Pois caso você possua uma doença, a descobrimento dela nos estágios iniciais faz com que possua uma maior chance de cura.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

GAPC realiza caminhada contra o câncer em Taubaté

No dia 27 de novembro, em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Câncer, o GAPC – Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer - realiza a 9ª Caminhada Contra o Câncer na cidade de Taubaté.

A frase tema da campanha é: “Vale a pena lutar pela vida!”. O objetivo é a conscientização sobre a prevenção. Incentivar a população a realizar o auto-exame, ter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e visitar o médico regularmente.

A concentração da caminhada será na Praça Santa Terezinha às 9h e segue em direção a Praça Dom Epaminondas, onde terá o ônibus consultório do Projeto PrevenIR do GAPC, fazendo rastreamento de câncer de boca, garganta e mama. Além do ACISO (Ação Cívico Social) do Exército Brasileiro (Base de Aviação de Taubaté), que estará na praça D. Epaminondas realizando a verificação da pressão arterial, glicemia, IMC, circunferência abdominal, etc. O Show musical fica por conta da Banda da Aviação do Exército.

Para participar da caminhada e ganhar uma camiseta da campanha, é preciso fazer a inscrição no GAPC de Taubaté, Rua Dr. Souza Alves, 369 – Centro. O Valor da inscrição é um quilo de alimento não perecível. Mais informações ligue (12) 3622-6665 ou (12) 3426-6664.

Foto: Caminhada contra o câncer de 2012





Câncer de ovário: ultrassom é grande aliado do diagnóstico precoce

Mal que costuma ocorrer com mais frequência depois dos 60 anos, o câncer de ovário felizmente vem
gradativamente diminuindo nos últimos vinte anos. Porém, segundo dados da American Cancer Society a incidência ainda é contínua, só este ano mais de 22 mil norte-americanas receberam diagnóstico de câncer de ovário.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as estatísticas apontam para uma incidência mais baixa desse tipo de câncer. No ano passado, foram registrados pouco mais de seis mil novos casos. Entretanto, em 75% das vezes, o câncer já estava em estado avançado no momento do diagnóstico – o que reforça a importância da prevenção.

Na sua evolução, o câncer de ovário costuma ser uma doença silenciosa, dificultando as chances de tratamento e cura. Por isso, é importante que as mulheres estejam sempre atentas. De acordo com o Doutor Osmar Saito, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), os cistos de ovário são muito mais frequentes do que o câncer de ovário. Características percebidas no exame de ultrassom apontam claramente as diferenças entre cisto e tumor. "O cisto ginecológico simples geralmente é formado por líquido de aspecto homogêneo, sem vegetações sólidas nas suas paredes internas. Por outro lado, o tumor é uma massa anormal de tecido, geralmente sólida, mas que poderá conter alguma quantidade de líquido também. Vale ressaltar que nem todos os nódulos com vegetações são malignos", diz o médico.

A endometriose também pode apresentar cistos com septos e conteúdo espesso – que muitas vezes sugerem tumores de natureza maligna. A doença costuma acometer boa parte das mulheres jovens. "Nesse ponto, o uso do ultrassom com Doppler colorido poderá identificar, dentro das vegetações ou septos, vasos arteriais. Outros tumores que atingem pacientes jovens são os teratomas, cujo componente maior é a gordura, mas podem ter dentes e, espantosamente, até cabelo. Embora benignos, eles podem sofrer ação gravitacional e torcer o ovário, resultando numa urgência cirúrgica", afirma o radiologista. Na opinião de Saito, o surgimento de cistos com formas bizarras (septos, vegetações internas e líquido espesso) em pacientes na menopausa costuma gerar maior preocupação, já que podem favorecer metástases (semeadura de células tumorais) precocemente. "Se diagnosticados a tempo e retirados cirurgicamente, esses tumores costumam ter altos índices de cura. Portanto, o grande aliado da saúde da mulher é o exame clínico periódico, seguido de perto dos exames laboratoriais e dos exames deimagem, como o ultrassom".

Os sintomas que costumam levar à investigação diagnóstica do câncer de ovário são a dor pélvica, dor
durante a relação sexual, aumento progressivo do volume da barriga, alterações no ritmo alimentar perda e apetite ou rápido empachamento logo após as refeições), e aumento da frequência urinária.

Sempre que esses sintomas persistem por algumas semanas, é hora de buscar ajuda médica. Embora o públicoalvosejam mulheres na menopausa, esses sintomas também podem acometer pacientes jovens – que nem por isso devem deixar de consultar um especialista.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Uso de anabolizantes pode aumentar risco de câncer de fígado

Especialmente no verão, muitas pessoas passam a buscar a realização de um milagre: atingir curvas invejáveis em curto espaço de tempo. Não raro, os anabolizantes aparecem como uma solução temporária. Mas é preciso ter consciência que este tipo de substância traz graves problemas para a saúde, entre eles, o aumento de riscos do câncer de fígado. O alerta é do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.


De acordo com o órgão, o uso sem prescrição médica de hormônios, mais conhecidos como “bomba”, para acelerar o crescimento muscular é arriscado e perigoso. “O uso de anabolizantes de forma indiscriminada, com objetivos estéticos, pode gerar efeitos colaterais fatais, pois esses hormônios sobrecarregam o fígado e desequilibram o organismo de forma grave”, explica o hepatologista Carlos Baía, responsável pelos transplantes de fígado no hospital. Os tumores associados ao uso de anabolizantes podem ser benignos ou malignos e, em alguns casos, o transplante de fígado pode ser a única opção de tratamento.

E os problemas não param por aí; a prática também pode trazer consequências como problemas cardiovasculares, impotência, atrofia testicular, falta de libido, acne, elevação do colesterol, aumento da pressão arterial e perda óssea. Além disso, alguns produtos são derivados de hormônios masculinos, e podem causar “masculinização” de mulheres, como mudança da voz, queda de cabelos e interrupção da menstruação. Os anabolizantes são medicamentos indicados para tratamentos específicos, supervisionados e prescritos somente por médicos, por um período de tempo predeterminado. São utilizados para tratar desgastes da musculatura e ossos, além de serem prescritos aos portadores de hipogonadismo (homens que sofreram trauma testicular ou que tiveram que retirar os testículos). Para conquistar massa muscular de maneira correta e saudável, é preciso aliar alimentação balanceada, recomendada por nutricionistas, com exercícios de hipertrofia (musculação), acompanhados por educadores físicos.

9ª Caminhada Contra o Câncer de Taubaté


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Câncer de pele atinge mais de 20% da população brasileira


Nas últimas décadas, a incidência de câncer da pele aumentou significativamente no mundo todo e no Brasil. Segundo dados obtidos por meio das campanhas de prevenção à doença da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-se que 76% dos homens e 62% das mulheres se expõem ao sol sem qualquer tipo de proteção.

O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Apesar de ser essencial à vida, pois proporciona sensação de bem-estar, o sol também pode causar danos à pele, devido aos raios UVA, UVB, IV (Infravermelho) e luz visível, como câncer, envelhecimento precoce, irritações, inflamações, lesões, queimaduras e feridas.

Para se cuidar e se prevenir destes males é necessário usar protetor solar de qualidade e adequado a cada tipo de pele.

“A proteção contra os raios UVA e UVB deve vir indicada no rótulo dos produtos. Os protetores que contém ação tonalizante, também, contribuem para bloquear os danos causados pela luz visível e para uma ação ainda mais efetiva”, declarou a especialista Marta Foppa. “Os filtros solares mais modernos protegem o DNA celular e o colágeno, prevenindo o envelhecimento precoce”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DIABETES X CÂNCER

Diabetes e câncer são doenças de elevada incidência e apresentam grande impacto na saúde da população mundial. A Organização Mundial da Saúde estima que, até 2030, são esperados 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes em função da doença e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de baixa e média rendas. Já o Diabetes, segundo informações da International Diabetes Federation (IDF), publicadas em dezembro de 2012, há no mundo, 371 milhões de pessoas portadoras de diabetes com idades entre 20 e 79 anos, sendo que 50% delas desconhecem essa condição. O Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes: 13,4 milhões de pessoas portadoras de diabetes. Isto corresponde a aproximadamente 6,5% da população entre 20 e 79 anos de idade.

“Há mais de 50 anos, tem-se registrado a ocorrência das duas doenças em um mesmo indivíduo. Mais recentemente, os resultados de diversos estudos têm indicado que alguns tipos de câncer ocorrem mais comumente em pacientes com diabetes (predominantemente no paciente com diabetes tipo 2), enquanto câncer de próstata é menos frequente nesses pacientes”, afirma Dr. Amândio Soares, oncologista e diretor da Oncomed BH.

O médico explica que os tipos de câncer associados à diabetes são fígado, pâncreas, intestino e endométrio em pelo menos duas vezes e, em menor grau, câncer de cólon e reto, mama e bexiga.

Entretanto, a causa ou mecanismo biológico dessa associação ainda não está esclarecido. “Existem dúvidas se a associação do câncer e diabetes é direta (devido à elevação da glicemia), se a diabetes é um fator biológico que altera o risco de desenvolver câncer ou se a associação de câncer e diabetes é indireta e devido a fatores de risco comuns às duas doenças, como a idade, o sexo, o sobrepeso, a obesidade, o sedentarismo, a dieta inadequada, o álcool e o tabagismo”, pontua Dr. Amândio.

O uso da metformina, um medicamento oral comumente indicado no tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, parece reduzir a incidência e mortalidade por câncer em pacientes diabéticos. “Alguns pesquisadores observaram, recentemente, que pacientes com diagnóstico de câncer de mama e diabetes que usavam metformina apresentavam maior chance de desaparecimento tumoral da mama (resposta patológica completa) do que as mulheres com diabetes que não usavam este medicamento ou até mesmo em relação às mulheres não diabéticas, sugerindo um efeito antineoplásico desta medicação”, explica.

Como método preventivo, tanto para o câncer, quanto para a diabetes, recomenda-se visitas regulares ao médico, a prática regular de atividades físicas, uma dieta balanceada, que se evite o ganho de peso, bem como bebidas alcoólicas e o tabagismo. Neoplasias como câncer do colo do útero, câncer de mama, câncer do cólon e do reto e câncer de próstata, têm procedimentos de prevenção e/ou diagnóstico precoce bem estabelecido.

* O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Novos testes ajudam a decidir se mulher com câncer de mama deve fazer químio

Uma nova geração de testes genéticos começa a ser usada no Brasil em certos casos de tumor nos quais há margem para dúvidas sobre qual é o caminho mais seguro e menos nocivo a ser trilhado no tratamento.

Há muito tempo os médicos já sabem que só tamanho não é documento quando se fala da agressividade de um tumor. E mesmo as informações colhidas pela análise do tecido tumoral no microscópio não revelam tudo o que o oncologista precisa saber para decidir se, após a cirurgia, uma mulher com câncer de mama deve ou não se submeter à quimioterapia.

Neste ano, um exame chamado Mammaprint, que analisa 70 genes do tumor, começou a ser usado por médicos particulares no país.

Outro teste, o Pam50, de 57 genes, também deve chegar ao Brasil em breve. Eles se juntam a um outro método anterior, o Oncotype (que analisa 21 genes e já é usado há alguns anos), para dar subsídio aos médicos na hora de mudar (ou não) a terapia escolhida.

Há ainda um outro painel, mais restrito, de três genes, que começou a ser oferecido, há um mês, pelo laboratório Salomão Zoppi.


NA PRÁTICA

Antonio Frasson, mastologista do hospital Albert Einstein e professor da PUC do Rio Grande do Sul, já aplicou o Mammaprint em cerca de 20 pacientes com câncer.

Primeiro, a mulher passa pela cirurgia de retirada do tumor. Uma amostra desse tecido é colocada em um bloco de parafina e enviada a um laboratório nos EUA. O exame analisa 70 genes ligados à capacidade de proliferação das células e de sua infiltração em outros órgãos.

Três ou quatro semanas depois, diz Frasson, chega o resultado, que afirma se a doença tem bom prognóstico ou não. Se o prognóstico é bom, afirma o médico, isso quer dizer que a paciente tem uma chance em torno de 95% de estar bem daqui a dez anos. Se for ruim, a chance é menor. "Com essa informação, podemos selecionar quem pode ser poupada da químio depois da cirurgia."


SELEÇÃO

O teste, no entanto, não é indicado para todas as mulheres com câncer. Casos em que o tumor é claramente não agressivo ou nos quais já se vê risco de metástase não pedem o Mammaprint, que custa cerca de R$ 12 mil e não é coberto por planos de saúde.

De acordo com Sergio Simon, oncologista do Albert Einstein, uma primeira análise, chamada de imuno-histoquímica, usada já há 20 anos, mostra se o tumor tem receptores de hormônios femininos e se tem a expressão da proteína HER2.

Isso já pode mostrar se o tumor é agressivo e requer uma terapia específica, dispensando o painel genético mais amplo. Nos outros casos, a análise genética pode ser reveladora. "Às vezes, há tumores pequenos extremamente agressivos, e esse exame mostra. Tumores maiores podem ser indolentes."

Segundo Simon, o teste muda a conduta em até 40% dos casos, em geral para não usar a quimioterapia. "Reservamos o tratamento para quem realmente precisa."

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um ‘novo’ tipo de câncer

O câncer de cabeça e pescoço é o quinto no ranking de neoplasias mais incidentes na população mundial. Ao todo, cerca de 780 mil novos casos surgem todos os anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). As áreas atingidas são as cavidades bucal e nasal, faringe, laringe, glândulas como as da tireoide e cordas vocais. Um dos grandes especialistas do mundo na área, o médico egípcio Hisham Mehanna esteve no Brasil e conversou sobre suas pesquisas e os avanços em novos tratamentos e intervenções cirúrgicas para a doença.

Mehanna é diretor do Instituto de Estudos e Educação de Cabeça e Pescoço (InHanse, na sigla em inglês) e do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. O médico atua em novas abordagens terapêuticas contra o câncer, como a busca por biomarcadores tumorais capazes de permitir a identificação do tratamento mais indicado para o paciente, ao mesmo tempo em que aposta no desenvolvimento de cirurgias menos invasivas.
Como forma de incentivar o intercâmbio de conhecimento entre Brasil e Inglaterra, Mehanna destacou a importância da parceria firmada em outubro entre o Inca e a Universidade de Birmingham, que vai estabelecer uma série de iniciativas nos setores de ensino e pesquisa, principalmente em relação a tumores na faringe, recentemente associados ao papilomavírus humano (HPV).

Em que abordagens clínicas e laboratoriais a sua equipe atua?
Hisham Mehanna: Nosso grupo trabalha em diversas frentes. Na pesquisa translacional, estudamos os genes de um tumor, em busca de melhores técnicas de diagnóstico e tratamento. Realizamos ensaios clínicos em humanos com tumores ainda em estágio inicial, para a prescrição de drogas, além de avaliar a funcionalidade de novos medicamentos. A partir desses resultados, buscamos o aperfeiçoamento dessas drogas, a fim de minimizar a toxicidade e aumentar a qualidade de vida da pessoa.

Uma de suas especialidades é a cirurgia de reconstrução microvascular. Como ela funciona?
Eu me especializei nesse tipo de cirurgia na qual se retira o tumor de áreas como o maxilar e a língua, substituindo-o pelo que chamamos de tecidos microvasculares – geralmente pedaços pequenos da coxa, músculo e vasos sanguíneos.
Um paciente com tumor na língua não consegue falar ou engolir direito. Na cirurgia, implantamos o pedaço da coxa na língua e reconectamos os vasos sanguíneos daquele tecido. A vascularização é fundamental para que o tecido não morra depois da cirurgia. É uma operação complicada, minuciosa, que requer inclusive uso de microscópio e pode chegar a 12 horas de duração, então o paciente precisa estar em boas condições clínicas. Mas é uma iniciativa bem-sucedida em 95% a 98% das vezes, ou seja, oferece boas chances de sobrevivência.

Suas pesquisas também envolvem a identificação de biomarcadores para o câncer de cabeça e pescoço. Como eles podem ajudar no tratamento personalizado dos pacientes?
Os biomarcadores são moléculas biológicas que precisam ser identificadas dentro do tecido tumoroso, numa biópsia. Eles vão nos ajudar a selecionar quais pacientes têm maiores chances de recuperação com cada tratamento. A maioria dos pacientes realiza quimioradioterapia, mas em 50% das vezes essa abordagem não funciona. O grande problema é que não sabemos identificar previamente quem responderá ao tratamento.
A maioria dos pacientes realiza quimioradioterapia, mas em 50% das vezes essa abordagem não funciona
Outro desafio é a caracterização detalhada dessas moléculas, porque pesquisadores de todo o mundo precisam identificá-las. Isso se torna ainda mais difícil, dada a heterogeneidade dos tumores: mesmo biópsias de duas pessoas que tenham o mesmo tipo de câncer são bem diferentes entre si. Ainda não temos bons biomarcadores para utilizar em pesquisa, mas estamos aperfeiçoando sua identificação.

Você também estuda a ligação do câncer de orofaringe com o HPV. É um quadro que mudou nos últimos anos...

Esse tipo de câncer, que atinge as amígdalas e pode chegar às vias nasais e ouvidos, é um dos mais prevalentes no Ocidente. No Reino Unido, o número de casos dobrou se compararmos os intervalos de 1996 a 2006 e de 2006 a 2011. Além disso, no primeiro período, a cada dez pessoas, quatro tinham HPV (as chamadas HPV+), enquanto no segundo 16 de cada 20 pacientes eram HPV+. Ou seja, não apenas a taxa de incidência do câncer se multiplicou, como também o número de casos originados pelo vírus. Não sabemos quando isso vai parar.

Essas diferenças estão associadas a uma mudança no próprio perfil dos pacientes atingidos pela doença?
Sem dúvida. O perfil dos casos também mudou muito nos últimos cinco anos, justamente por sua conexão com o HPV. Antes era uma neoplasia mais associada a causas químicas, que atingia pessoas mais idosas, geralmente viciadas em tabaco ou álcool a vida inteira, em condições financeiras mais precárias. Agora, a causa mais comum é infecciosa.
Os pacientes são, em geral, jovens, muitas vezes no início da carreira, com filhos para cuidar, querendo voltar logo ao trabalho. O que pode ser embaraçoso é o jeito como eles recebem a notícia, porque a primeira informação relacionada a esse tipo de câncer que aparece na internet é ‘sexo oral’ e ‘HPV’. No início, não sabíamos lidar com o assunto, mas hoje já informamos que pode ser isso, como também outras causas que ainda estão sendo investigadas.

A relação crescente com um vírus sexualmente transmissível evidencia, na sua opinião, a importância de fatores culturais na prevalência desse câncer em diferentes populações? 
Podemos fazer essa relação sim. Por alguma razão, por exemplo, ele se tornou uma das principais causas da doença nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Encontramos mais casos no Ocidente do que no Oriente, até na Europa ocidental existem mais casos da doença do que na parte oriental. Nos Estados Unidos, a incidência de câncer de orofaringe entre homens brancos é bem maior que entre negros. Isso se deve a uma combinação de fatores, muitos deles relacionados a práticas culturais e sexuais, como o sexo oral. Ainda não temos evidências, mas é um dado importante, pois mostra diferenças até mesmo dentro de um país.

O câncer originado pelo vírus é mais complexo? 
Atualmente, 95% dos casos mundiais de câncer de orofaringe são originados pelo vírus. No entanto, surpreendentemente, os pacientes HPV+ respondem melhor ao tratamento quimioradioterápico do que os outros: em média apresentam três vezes menos risco de morrer do que os casos não associado ao vírus, os HPV-.

Existe alguma outra intervenção para esses casos, além da quimioradioterapia?
Sim, uma cirurgia nova que é feita com um braço-robô. Antes, precisávamos dividir a mandíbula ao meio, uma técnica muito invasiva. Agora existe esse braço, uma tecnologia implementada nos Estados Unidos em 2010, que dá mais acesso ao interior da boca e garganta para retirar o tumor. Imagine ‘Edward, mãos de tesoura’, só que com três braços: um deles segura uma câmera, os outros dois retiram o tumor. A câmera mostra detalhes que o olho humano não conseguiria ver e a mão do robô corta com precisão, o que permite que o paciente saia mais rápido do hospital e se recupere mais depressa.
Como selecionar as terapias para os pacientes? Nesse ponto, os biomarcadores ajudariam muito
O problema é que muitas pessoas ainda precisam fazer tratamento quimioradioterápico depois. Então, voltamos à questão: como selecionar as terapias para os pacientes? Nesses casos, não seria melhor ter feito o tratamento com drogas desde o início? Nesse ponto, os biomarcadores ajudariam muito. Se o tumor é pequeno, a cirurgia funciona bem, mas depende de caso para caso.

Em relação à produção de novas drogas, que iniciativas vêm sendo feitas?
A indústria farmacêutica não se interessava muito pelo câncer de cabeça e pescoço, já que era uma doença associada a homens mais velhos e sem perspectivas financeiras. Hoje, com o aumento do número de casos e a mudança de perfil dos pacientes, o interesse aumentou e diversas drogas novas estão chegando ao mercado. Muitas atuam como inibidores do receptor do fator de crescimento da epiderme [EGFR, na sigla em inglês], já que mutações associadas à atividade exagerada do EGFR podem estar relacionadas ao câncer.
Outras pesquisas buscam entender como o câncer de cabeça e pescoço se relaciona com o sistema de defesa do corpo. Há estudos que também indicam que ele ‘se esconde’ do sistema imunológico, assim como outros tipos de câncer, por não expressar os antígenos leucocitários humanos [HLA, na sigla em inglês], que, em determinada quantidade na superfície da célula, ativam as células de defesa. Os tumores têm muitas maneiras e ‘truques’ para ‘enganar’ o sistema imune. Algumas novas drogas procuram ‘desmascarar’ esse tumor, mas a abordagem mais correta deve considerar todos os tipos de intervenção.

Em que sentido a parceria que está sendo firmada entre o Inca e a Universidade de Birmingham vai contribuir para análises laboratoriais e clínicas desse tipo de câncer?
A Universidade de Birmingham será o primeiro parceiro britânico do Inca. A base da parceria vai ser unir o ponto forte de cada instituição. Queremos manter um programa de ensaios clínicos em tecidos tumorais, que será realizado tanto pelo Inca quanto pela Universidade de Birmingham. O Inca tem um trabalho extenso em epigenética, por exemplo, e nós somos fortes em estudos genômicos, então vamos atuar em parceria na realização desses procedimentos. Vamos funcionar como um centro fortalecido.
Com um sistema de bolsas, vamos promover o intercâmbio de estudantes entre as duas instituições, para troca de conhecimentos. Nossos alunos poderão, por exemplo, vir ao Brasil para acompanhar os procedimentos cirúrgicos com o braço mecânico, área em que o Inca tem a participação mais expressiva do país.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Remo auxilia na reabilitação de mulheres que tiveram câncer de mama

Um projeto pioneiro - o Remama – tem usado o esporte para auxiliar na reabilitação de mulheres que se submeteram ao tratamento de câncer de mama.

O mesmo diagnóstico: câncer de mama. Cirurgia, quimioterapia. O tratamento que castiga o corpo também impediu, por muitos anos, qualquer esforço físico.

"Naquele tempo, faz três anos só, era diferente. Realmente não deveria forçar os músculos”, comenta Maria do Carmo Losys.

Um problemão para Maria Luiza, Ione e Maria do Carmo. No Instituto do Câncer de São Paulo elas conheceram a doutora Christina May Moran de Brito. Ela trouxe do Canadá um novo método de reabilitação, usado em mais dez países, que recomenda exercícios físicos.

"Evidências recentes mostram, inclusive, impacto na sobrevida das pacientes. Um impacto terapêutico, diminuição de recorrência”, observa Christina.

Os pesquisadores apontam o remo como um dos esportes mais eficazes. “Envolve tronco, membros superiores, membros inferiores, trabalha tanto a questão de força, de condicionamento, cardiovascular, aeróbio", comenta.

No Brasil, as três são as primeiras a testar os benefícios de se recuperar longe de um hospital.

A última etapa de tudo isso é também a mais esperada e divertida. É hora de as remadoras de primeira viagem irem para a água. E de agora em diante quem quiser praticar o esporte pra valer vai passar horas dentro do barco.

Desajeitado o começo. Mas bastaram alguns minutos para o barco encontrar o rumo certo.
Pronto, remadoras devidamente batizadas.

O Instituto do Câncer de São Paulo esclarece que para começar no projeto Remama é preciso que o paciente não tenha nenhum tipo de complicação por cerca de seis meses depois do término do tratamento do câncer. Depois, ele é obrigado a passar por uma triagem médica. Se for aprovado, está liberado pra prática do exercício, que sempre é realizada com acompanhamento dos médicos do instituto.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Campanha sobre câncer de mama retira seios de grafites de SP

Uma campanha de conscientização sobre o câncer de mama faz intervenções nos grafites de São Paulo retirando os seios das mulheres grafitadas nos muros da capital para retratar a mastectomia. A ação foi feita pela JWT para o A.C.Camargo Cancer Center para alertar sobre a doença.

Cartazes tipo lambe-lambe foram sobrepostos em grafites com nus femininos com a ideia de deixar "claro que todas as 'mulheres', inclusive as dos grafites" estão vulneráveis ao câncer. Com a ação, o A.C. Camargo quer mostrar a importância dos exames preventivos e do tratamento adequado.

Segundo as empresas, os artistas do grafite paulistano cederam os trabalhos para a intervenção urbana que remete à mastectomia, a cirurgia de retirada do seio. Eles permitiram que as mulheres de seus desenhos tivessem os seios retirados com a colagem de um papel tipo lambe-lambe.

Intervenções na Praça da República, na rua Luminárias, na avenida Ataliba Leonel, também receberam a assinatura "Qualquer mulher pode ser vítima do câncer de mama" e dizeres relativos ao movimento "Outubro Rosa" e da hashtag #LigaDoRosa, que são campanhas sobre a doença.

Retratando a mastectomia, a ação do A.C. Camargo quer mostrar que a retirada do seio não representa a perda da feminilidade, mas "a confiança em superar a doença", segundo a cirurgiã oncologista e diretora de Mastologia do A.C.Camargo, Maria do Socorro Maciel.

De acordo com o diretor criativo da JWT, Ricardo John, o fato de o grafite ser uma arte muito presente na cidade pode contribuir para conscientizar grande número de pessoas e de variadas idades, além das mulheres.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cientistas apresentam aparelho para detectar câncer de mama em casa

Cientistas japoneses apresentaram nesta quinta-feira um dispositivo para detectar o câncer de mama na casa da paciente, um aparelho que pode revolucionar a detecção da doença no estágio inicial.

O dispositivo, produzido após oito anos de pesquisas pelo laboratório de engenharia medica Newcat da Universidade Nihon, tem a forma de uma bola que cabe na palma da mão.

O aparelho possui um mecanismo captor de diodo emissor de luz LED e um fototransistor que, ao entrar em contato com o seio, detecta um eventual acúmulo de sangue, o que pode estar relacionada com um tumor cancerígeno, explicou o professor Mineyuki Haruta.

Esse pequeno instrumento permite a detecção prematura do câncer de mama, um fator decisivo que aumenta as probabilidades de cura.

"O aparelho está pronto, mas somos uma universidade e não temos possibilidades de fabricá-lo e vendê-lo. Estamos buscando uma empresa que possa produzi-lo e comercializá-lo", disse Haruta. "Esperamos que as mulheres possam utilizar algum dia este aparelho, a um prelo inferior a 20.000 ienes (150 euros)", completou.


Fonte

Neste Outubro Rosa, fique por dentro das leis que garantem seus direitos.


Neste mês onde o foco é o câncer de mama, é importante se informar sobre o câncer. Não apenas sobre a doença, tratamentos, sobre prevenção e exames, mas também sobre leis. Existem várias leis que foram feitas para ajudar o paciente, sendo duas principais sobre o câncer de mama. Você deve ter esse direito garantido.

A Lei 11.664/08 foi aprovada em 2009 e ela garante, entre outros, o direito à realização de mamografia pelo SUS a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Somente esse exame é capaz de identificar o câncer de mama em estágio inicial, quando está em um tamanho pequeno, imperceptível no autoexame, garantindo a cura em 95% dos casos. A detecção precoce, portanto, significa saúde à sociedade e maior economia para o SUS, uma vez que o tratamento fica mais caro à medida que o estágio da doença avança.

Já as leis No 9.797 e No 10.223 garantem a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS e por planos e seguros privados de assistência à saúde, nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer. Muitas vezes, a reconstrução é realizada logo após a mastectomia - cirurgia para retirada da mama. Contudo, por razões clínicas, nem sempre é possível realizar a cirurgia reparadora logo após a retirada da mama. A paciente também tem direito a cirurgia de correção das mamas, mesmo na saudável, caso haja uma assimetria, para que as duas mamas fiquem na mesma proporção estética. Converse sempre com o seu médico sobre essa cirurgia de reparação parar saber qual o melhor procedimento para o seu caso.